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quinta-feira, 13 de setembro de 2012


FIQUE POR DENTRO:

Garoto cadeirante estreia como ator na novela Carrossel, do SBT




Em cena de Carrossel, exibida pelo SBT/Alterosa de segunda a sexta-feira, às 20h30, o estreante João Lucas Takaki vai aparecer como uma criança cadeirante que está acostumada a ver o mundo da janela de casa e com medo de ser “zoado” por todos. Assim, surge Tom, o novo personagem da novela. No entanto, ficção e realidade só serão semelhantes quando o menino da trama passar a viver feliz e cheio de amigos, o que deve acontecer no desenrolar da história.

João Lucas nasceu com um tipo de câncer que comprimiu sua medula e, com isso, ele perdeu os movimentos das pernas. Aos 9 anos, mostra que a deficiência física não o impossibilita de ser uma criança como todas as outras. Além de virar ator, o garoto pratica um esporte radical. “Ele faz hardcore sitting e treina com o Pablo Moyá, que é o precursor da modalidade no Brasil. Meu filho já faz algumas manobras na pista de skate, inclusive tem o patrocínio da Jumper, que fabrica a cadeira de rodas que ele usa”, diz a mãe de João, Adriana Dutra. 

Preconceito Para Adriana, a oportunidade de seu filho entrar numa novela que retrata o universo infantil é incrível e Adriana explica por quê: “Existe um paradigma em torno do cadeirante. Eu tive muita dificuldade para encontrar uma escola para o João. Muitas que fui visitar achavam que era um favor receber o meu filho ou não tinham acessibilidade. A inclusão social ainda não é uma realidade”. Ou seja, na opinião de Adriana, que trabalha como presidente de uma ONG, Carrossel vai levar o tema para dentro das casas das pessoas. “O Tom vai proporcionar às famílias reverem alguns conceitos”, acredita.

A oportunidade de João entrar na novela surgiu quando ela viu pela internet que estavam abertas as inscrições para o elenco. Como muitas outras mães, Adriana preencheu uma ficha no site do SBT e enviou duas fotos do filho. Com outras crianças selecionadas para os testes, João participou de várias etapas até ser escolhido para o papel. “Ele já havia tentado a carreira de modelo, mas, em todos os desfiles de que participou, as outras crianças recebiam cachê, mas os cadeirantes não”, lamenta Adriana.

De acordo com ela, a rotina de João sempre foi igual à de qualquer outra criança. Ele vai para a escola de manhã e no período da tarde estava fazendo inglês, violão e escolinha de esportes até passar nos testes. Aos sábados, o pequeno frequenta a ONG Atitude Paradesportiva, onde pratica as manobras radicais em cadeira de rodas. “O João não se priva de nada por ser cadeirante. Muitas vezes, ele tem que ser carregado, passa algum sufoco, mas participa de tudo que tem vontade”, conta a mãe.

O estreante já começou a gravar suas cenas, mas o capítulo em que Tom aparece vai demorar para ir ao ar. Sua história passa a ser contada por volta do capítulo 100. Nesta semana, o SBT exibe os episódios de números 41 a 45. Mesmo assim, o trabalho do novato teve início lá atrás. Foram dois meses fazendo workshops e aprendendo a representar. “Ele ficou ansioso, mas estava bem confiante. Meu filho não mudou seu comportamento, a única coisa que realmente mudou é que agora ele tem uma rotina mais agitada”, comenta Adriana.

 Cheio de energia, João Lucas está dando conta de tudo sem problema. Agora, nos dias de gravação, um carro do SBT o busca na saída da escola e ele grava até a noite. Quando chega em casa, o pequeno faz a lição, janta, dá uma lida no texto do dia seguinte, toma banho e vai dormir. 

“Eu trabalhava o dia inteiro no escritório, agora vou ao trabalho no período da manhã e à tarde eu acompanho o João. Fico trabalhando à distância. Tivemos que nos adaptar aos horários de gravação, mas está sendo tranquilo para toda a família, pois o João está muito feliz e é isso que importa”, revela Adriana, que se separou do pai de seus filhos. Ela também é mãe de Luiz Alexandre, de 12 anos.

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